A deputada estadual cantora Mara Lima (PSC) acredita que medidas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em março deste ano, que pelo menos 30% do total de recursos do Fundo Partidário reservados a campanhas eleitorais devem ser destinados às candidaturas femininas, considerando que a legislação eleitoral prevê que os partidos têm de reservar pelo menos 30% das vagas em eleições para mulheres, é ação contrária à igualdade de gênero.
Segundo a parlamentar essa medida fere a democracia “lutamos por igualdade entre homens e mulheres em todas as esferas, seja na sociedade, dentro de uma empresa ou na política. Com essas medidas o STF restringe e desiguala a participação da mulher na política. Isso não é democracia”.
Não há dúvidas de que a garantia de investimento nas candidaturas femininas deste ano é essencial. “Não apenas o recurso ajuda a nós mulheres no pleito eleitoral, mas também projeto a imagem do partido. “Temos que acabar com o discurso machista, lugar de mulher também é na política, liderando lado a lado com os homens. Não queremos nem mais nem menos, queremos nosso direito igual”, reforça a parlamentar.
O Fundo Eleitoral prevê que sejam disponibilizados R$ 1,7 bilhão para financiamento de campanhas de todos os partidos. Composto por recursos públicos, sua criação se deu em 2017, após a Suprema Corte ter impedido doações eleitorais de empresas.