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Deputada Mara Lima é contra embargo da União Europeia à carne de Frango

Assessoria de Imprensa - 24/04/2018 - 14h39min

A proibição de exportação de carne de frango pela União Europeia pode afetar o emprego de 40 mil trabalhadores do setor de alimentação. São 18 mil avicultores e oito frigoríficos que correm o risco de fechar as portas. “Essas são as consequências dos embargos da União Europeia à carne de frango produzida no Paraná”, explica a deputada estadual cantora Mara Lima (PSC), quando assina o requerimento de abertura da Comissão Especial, requerida e aprovada, ontem (23/04), em plenário na Assembleia Legislativa do Paraná.

A justificativa da União Europeia sobre o embargo da carne de frango, em nota, o porta-voz afirma que a medida proposta pela Comissão refere-se a “deficiências detectadas no sistema de controle oficial brasileiro” - problemas laboratoriais de três anos atrás e de rastro de salmonela.

O objetivo da Comissão Especial é que o Poder Legislativo marque posição e faça uma manifestação firme e direta contrária ao veto europeu, uma vez que o Paraná é o principal criador e exportador nacional de frangos. A comissão pretende, conforme previsão no requerimento aprovado, verificar a situação de embargos à comercialização do frango, bem como a sua repercussão no mercado brasileiro.

Dos 20 frigoríficos atingidos pela medida, ao menos oito deles são paranaenses e podem sofrer um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão, além do total desestímulo para o segmento.

A Comissão Especial será suprapartidária, devendo ser composta por sete deputados, e vai contar com total apoio de outras comissões técnicas e temáticas do Legislativo, a exemplo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e dos blocos Parlamentar Agropecuário e Parlamentar da Agricultura Familiar.

Consequências

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, com 4,3 milhões de toneladas vendidas no ano passado – 7,5% disso teve a União Europeia como destino, atrás de mercados como Oriente Médio e Ásia.

“Ainda que não seja o principal destino do frango brasileiro, a União Europeia é referência de regulação para o resto do mundo. Quando eles impõem uma norma sanitária, outros países podem seguir, e o risco é que a restrição afete mais mercados”, diz Ligia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).

A decisão da União Europeia (EU) de barrar a carne de frango de 20 frigoríficos brasileiros, além de criar um atrito comercial entre o Brasil e o bloco, traz um problema imediato à cadeia avícola do país: o que fazer com as 141 mil cabeças de aves que seriam abatidas por dia – somente nessas unidades - para abastecer o mercado europeu.