A noite de segunda-feira (21/08) foi marcada pela Sessão Solene do Dia da Mulher Advogada do Paraná, por iniciativa da deputada cantora Mara Lima (PSDB), Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, realizada na Assembleia Legislativa do Paraná, instituído pela Lei estadual nº 19.022/2017, de autoria da parlamentar.
“Hoje é um momento especial, dia da Mulher Advogada do Estado do Paraná. Inspirada na atitude de valorização da mulher advogada venho homenagear através da lei número 17.022 de 2017 que visa incentivar o trabalho que já vem sendo desenvolvido pela Comissão Nacional da Mulher Advogada no combate à violência contra a mulher”, comemorou deputada cantora Mara Lima, ressaltando que campanha semelhante vem sendo realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa há mais de seis anos.
Histórico
A OAB/PR sugeriu o dia 20 de agosto pela razão de ser a data da primeira inscrição de uma mulher advogada na OAB/PR, mais especificamente a sra. Walkyria Moreira da Silva Kaled, em 1934.
Presenças
O evento homenageou 33 advogadas com menções honrosas, além da deputada cantora Mara Lima, participaram a procuradora de Justiça Samia Saad Gallotti Bonavides, no ato representando o Ministério Público estadual; a secretária-geral da OAB/PR, Marilena Indira Winter; e a presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/PR e diretora da Associação Brasileira de Advocacia, Silvana Cristina de Oliveira Iemczewski – que falou em nome das homenageadas; a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/PR, Luciana Sbrissia, entre várias outras personalidades ligadas ao setor e outras deputadas.
Abertura
O deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente do Legislativo estadual, presidiu a Mesa de Honra dos Trabalhos, quando destacou a importância da profissão e o empenho com que as mulheres a tem desempenhado. Prestigiaram a solenidade os deputados Guto Silva (PSD), Hussein Bakri (PSD); Missionário Ricardo Arruda (PEN); Péricles de Mello (PT); Evandro Araújo (PSC); Claudio Palozi (PSC); Rasca Rodrigues (PV); Nelson Luersen (PDT); Márcio Nunes (PSD); Tião Medeiros (PTB); Alexandre Guimarães (PSD); José Carlos Schiavinato (PP); Cobra Repórter (PSD); e Luis Corti (PSC).
Carta de BH
Durante a II Conferência Nacional da Mulher Advogada do Conselho Federal da OAB, realizado em Belo Horizonte (MG), em novembro do ano passado, sob a égide da equidade de gênero e respeito à diversidade e eliminação de todas as formas de discriminação e violência, bem como a promoção da igualdade entre homens e mulheres, foi divulgada a Carta de Belo Horizonte, propondo inúmeras ações, entre elas o incentivo a efetiva participação da mulher advogada no cenário político partidário, o acompanhamento dos projetos de lei relacionados ao enfrentamento da violência contra as mulheres que tramitam no Congresso Nacional, e a garantia de efetiva implementação da Lei nº 13.363/2016 e alterações nas leis nº 8.906/1994 e 13.105/2015 (Código de Processo Civil) para estipular direitos e garantias para a mulher advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz, e também para o advogado que se tornar pai.
O documento defendia ainda a promoção do conhecimento do caráter multidisciplinar da Lei Maria da Penha e sua efetiva implementação junto à rede de enfrentamento à violência contra a mulher e a atitude ética da imprensa nacional em relação à mulher vítima de violência, em especial quanto ao feminicídio.